Constança Cunha e Sá (1958-2025)

Constança Cunha e Sá tinha 67 anos. Créditos: TVI

Morreu Constança Cunha e Sá, jornalista e comentadora televisiva. Estava internada há algum tempo nos cuidados paliativos na instituição Irmãs Hospitaleiras, em Lisboa, devido a um cancro do pulmão. Tinha 67 anos.

O velório decorre esta quarta-feira, dia 3 de dezembro, a partir das 17h30, na Basílica da Estrela, em Lisboa e haverá missa às 20h. O funeral será quinta-feira, 4 de Dezembro, com missa às 11h.

Constança Cunha e Sá nasceu em 1958 em Lisboa, e licenciou-se em Filosofia pela Universidade Católica. Iniciou a sua carreira no jornalismo aos 29 anos, na revista Sábado (a primeira edição do título, no início dos anos 1990). Pouco tempo depois passou para O Independente, onde foi jornalista, colunista e, mais tarde, diretora. Com o fecho do jornal, assumiu funções como editora de Política da TVI e colaborou como colunista no Diário Económico, Jornal i, Jornal de Negócios e Público.

Numa nota divulgada no site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa recordou a “figura singular do jornalismo português, cujo percurso profissional e humano deixa uma memória indelével em todos quantos com ela tiveram o privilégio de trabalhar e de privar”. O Presidente apresentou sentidas condolências à família desta “mulher de grande carácter, inteligência e rigor”, que se destacou “pela sua independência de pensamento e por um constante sentido de responsabilidade cívica”.

Também o primeiro-ministro apresentou condolências em seu nome e em nome do Governo: “O jornalismo político português está de luto com a partida precoce de Constança Cunha e Sá.”

O ministro dos Negócios Estrangeiros lamentou na rede X o desaparecimento de uma jornalista “inteligente, culta, frontal, com tanta ironia quanto exigência”. Paulo Rangel escreveu que “nela encarnou o escrúpulo jornalístico. Amava a vida em e com todas as contradições. Humana, demasiado humana para o nosso tempo – o tempo da artificial inteligência.”

Numa das suas últimas intervenções públicas, Constança Cunha e Sá declarou apoio ao candidato presidencial António Filipe, apesar de terem pertencido toda a vida a “famílias” políticas diferentes. “O jornalismo em Portugal perdeu um dos seus grandes nomes e eu perdi uma amiga, com enorme tristeza”, escreveu o ex-deputado comunista.