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Pensar o jornalismo com os jornalistas – Encontros nacionais da CCPJ rumam ao Algarve

Num período particularmente crítico para o jornalismo e exercício da atividade jornalística, os Encontros Nacionais, organizados pela Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ), regressam ao contacto com os jornalistas, estudantes, académicos e consumidores de informação. No dia 4 de abril, quinta-feira, às 14h30, irá decorrer no Anfiteatro 0.6. da Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve, Complexo Pedagógico, Campus da Penha, em Faro, uma nova sessão que poderá ser acompanhada presencialmente ou à distância.

O evento em Faro surge integrado no âmbito dos Seminários de Ciências da Comunicação promovidos pelas unidades curriculares de Jornalismo e Produção Editorial e Jornalismo e Produção Audiovisual da Licenciatura em Ciências da Comunicação. Conta ainda com o Centro de Investigação em Artes e Comunicação ao nível da organização e o apoio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.  

A época conturbada que atravessa o exercício da atividade jornalística tem-se revelado oportuna para Pensar o jornalismo com os jornalistas. A realidade atual tem demonstrado que são cada vez mais os jornalistas e operadores que têm vindo, por exemplo, a ceder a interesses e a facilitismos. As precárias condições em que os jornalistas têm vindo a exercer a profissão não só se tem revelado difícil para os profissionais no que respeita à sua própria sobrevivência e saúde mental, como poderá colocar em causa a isenção, rigor, independência e credibilidade do jornalismo.

Os cidadãos exigem informação ao minuto, ao mesmo tempo que dos jornalistas esperam que cumpram o superior compromisso ético com a verdade.

Há muito que todos reivindicam a revisão dos instrumentos legais que regem a atividade jornalística, incluindo as estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo, no sentido de reforçar a capacidade para salvaguardar a qualidade da informação.

Os diálogos itinerantes promovidos pela CCPJ incluem-se no projeto de descentralização com o qual a CCPJ tem vindo a aproximar a instituição dos jornalistas e do jornalismo que se faz em todo o país.

A partilha de experiências entre os membros que compõem atualmente os diferentes órgãos desta entidade independente de (co)regulação dos jornalistas, têm-se revelado produtiva. Por um lado, têm-se discutindo as competências e funcionalidades da CCPJ e, por outro, o diálogo e a reflexão sobre o jornalismo atual e o papel dos jornalistas tem permitido recolher ideias para ambicionadas mudanças. Nomeadamente, ao nível de alterações legislativas, comportamentais e de compromisso para com a atividade jornalística.

À semelhança das sessões anteriores que já cobriram grande parte do Norte e Centro do território continental e que também já teve lugar no Funchal, o Encontro será dedicado, num primeiro momento, à apresentação da missão da Comissão, tendo em conta que os jornalistas e o jornalismo são o propósito e a essência da CCPJ. Seguir-se-á um debate sobre o Jornalismo que temos e que jornalismo queremos. Com os jovens estudantes serão ainda discutidas as questões do acesso à profissão com os Jornalistas de hoje a caminho do amanhã.

A CCPJ conta ainda com o apoio Associação Portuguesa de Imprensa, Associação Portuguesa de Radiodifusão, da Associação de Imprensa de Inspiração Cristã, Associação de Rádios de Inspiração Cristã e Sindicato dos Jornalistas na promoção e divulgação dos Encontros.

Miguel Carvalho vence a 3.ª edição do Prémio Jornalismo de Excelência Vicente Jorge Silva

O jornalista Miguel Carvalho vê premiada a sua investigação sobre as ligações entre membros de forças policiais e o partido Chega.

O braço-armado do Chega, trabalho de investigação assinado pelo jornalista Miguel Carvalho da revista Visão, é o grande vencedor da 3.ª edição do Prémio Jornalismo de Excelência Vicente Jorge Silva, atribuído pela Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM), em parceria com o Clube de Jornalistas.

O júri do Prémio, presidido por Nicolau Santos, Presidente do Conselho de Administração da RTP, e composto ainda por David Pontes, Diretor do Público, João Vieira Pereira, Diretor doExpresso, Francisco Belard, Vice-Presidente do Clube de Jornalistas, e Luísa Meireles, Diretora de Informação da Agência Lusa, decidiu distinguir, por unanimidade, o texto de Miguel Carvalho, publicado na Visão, por se tratar de «um trabalho de investigação sério e rigoroso, exemplarmente bem estruturado, com uma atualidade e pertinência prementes e um lado precursor inequívoco».

O jornalista Miguel Carvalho nasceu no Porto a 25 de novembro de 1970 e cursou Radiojornalismo no Centro de Formação de Jornalistas do Porto. Trabalhou no Diário de Notícias (1989-1997), no semanário O Independente (1997-1999) e na revista Visão (1999-2023). Venceu o Prémio Orlando Gonçalves (Jornalismo), em 2008 e 2020, o Grande Prémio Gazeta, do Clube dos Jornalistas (2009), e o Prémio Gazeta de Imprensa (2022). Publicou sete livros. Os últimos dois – Quando Portugal Ardeu (Oficina do Livro, 2017), sobre a rede bombista de extrema-direita do pós-revolução, e Amália – Ditadura e Revolução, a História Secreta (Dom Quixote, 2020) – somam já 11 edições. Desde 2020, tem dedicado grande parte dos seus trabalhos à cobertura e investigação do radicalismo de direita em Portugal.

Salientando a grande qualidade dos trabalhados apresentados a concurso, o júri decidiu ainda atribuir duas menções honrosas: à reportagem Quando a velhice é um quarto escuro, de Ana Tulha e Pedro Alexandre Correia, publicada na Notícias Magazine, e ao trabalho de investigação Pegada Digital, de Inês Rocha, da Rádio Renascença (online).

Em relação ao trabalho de Ana Tulha e Pedro Alexandre Correia, o júri disse tratar-se de «um retrato vivo e chocante de um tema transversal à sociedade, cuja construção narrativa consegue mostrar a crueza da realidade, com rasgos de poesia». Já quanto ao trabalho de Inês Rocha, o júri referiu tratar-se de «um trabalho completo e de uma investigação baseada numa cuidadosa e criteriosa pesquisa, amplamente documentada, que põe em debate o tema em diferentes perspetivas».

O Prémio Jornalismo de Excelência Vicente Jorge Silva da INCM visa distinguir trabalhos que reforcem os diferentes estilos da imprensa escrita, seja através da investigação, da reportagem ou da análise, que contribuam para uma sociedade mais informada, e atribui ao vencedor uma bolsa de investigação jornalística no valor de 5000 euros. Visa ainda prestar homenagem a Vicente Jorge Silva, figura de destaque no jornalismo português das últimas décadas.

De acordo com o Conselho de Administração da INCM, «é inequívoco o contributo cultural e social que o jornalismo presta à sociedade, algo que pretendemos valorizar com este prémio, que nos permite também homenagear uma figura incontornável do jornalismo em Portugal e reconhecer o legado que nos deixou a todos como cidadãos».

A greve geral de 14 de março entrou para a história do jornalismo português

Greve de Jornalistas em Lisboa. Fotografia: Rui André Soares / Comunidade Cultura e Arte

A greve geral de jornalistas realizada na quinta-feira, 14 de março – a primeira em mais de 40 anos –, foi um marco na história do jornalismo português, considerou o Sindicato dos Jornalistas em comunicado.

Os jornalistas aderiram em massa ao protesto nacional por condições de trabalho dignas e em defesa da democracia. As redações de 64 órgãos de comunicação social locais, regionais e nacionais ficaram totalmente paralisadas e registaram-se sérios constrangimentos noutras dezenas. O Sindicato dos Jornalistas (SJ) espera que as direções e administrações tenham compreendido o descontentamento que grassa entre a classe, passando finalmente das palavras aos atos.

A paralisação total da comunicação social nacional foi muito significativa. A redação do Diário de Notícias parou por completo: o site não foi atualizado e a edição em papel não chegou na sexta-feira às bancas. Ficaram também totalmente paralisadas a Agência Lusa – que fechou a linha noticiosa – e a rádio pública – durante 24 horas não houve noticiários na Antena1, Antena3, RDP AFRICA e RDP Internacional. Desertas ficaram também as redações da TSF, O Jogo, TVI/CNN Algarve e SIC Évora.

Entre os órgãos de comunicação social nacionais generalistas que não pararam totalmente, vários registaram fortíssima adesão, com evidentes constrangimentos no seu fluxo noticioso. Foi o caso da Visão (adesão de 90%), Jornal de Notícias (83%), Público (83%), Expresso (75%), Observador (56%), Jornal de Negócios (50%) e Rádio Renascença (38%). A redação de Lisboa da RTP registou uma adesão de 85%. Na RTP Açores, o Jornal da Tarde e o Notícias do Atlântico foram cancelados; todos os blocos informativos da Antena 1 Açores foram suspensos. Em várias delegações da rádio e televisão públicas a greve foi total:  Coimbra, Castelo Branco, Guarda e Évora. Os correspondentes internacionais também se juntaram ao protesto: paragem em Madrid, Paris, Rio de Janeiro.

As concentrações desta quinta-feira por todo o país também contaram com uma forte presença de jornalistas, um claro sinal de fortalecimento da união e solidariedade entre a classe: Lisboa (cerca de 700 pessoas), Porto (200), Ponta Delgada (70), Coimbra (65) e Faro (30). Registaram-se ainda duas concentrações espontâneas, uma em Viseu e outra em Évora. A maioria das concentrações contou com uma presença importante de estudantes, jornalistas reformados e membros da sociedade civil que vieram demonstrar o seu apoio.

A multiplicação das concentrações foi resultado da dinâmica que se criou nas semanas de preparação da greve e da intensa participação dos jornalistas que trabalham fora de Lisboa e Porto.

A adesão massiva da imprensa regional foi, aliás, essencial para o enorme sucesso da greve. Os jornalistas da informação local apontam há anos para a degradação das suas condições de trabalho e dificuldades específicas de sustentabilidade financeira dos órgãos de comunicação social.  Pararam totalmente as redações do 7Montes, AlmadaOnline, Barlavento, Jornal do Algarve, Jornal do Ave, Jornal do Centro, Jornal do Fundão, Maré Viva, Médio Tejo, Notícias da Covilhã, Notícias do Sorraia, Porto Canal, Rádio Despertar Voz de Estremoz, Rádio Cova da Beira, Rádio M24, Rádio Paivense, Rádio SBSR, Região de Leiria, Reconquista, Rádio do Pico, Rádio Asas do Atlântico, Rostos, Seia Digital, O Setubalense, SulInformação, A Voz do Operário, entre tantas outras.

Nos Açores, onde a greve teve uma adesão global de 42%, o Diário da Lagoa, o Ilha Maior e o Baluarte suspenderam todo o trabalho editorial. A TSF Açores, o Rádio Clube Asas do Atlântico e a Rádio Pico suspenderam todos os blocos informativos. No Açoriano Oriental (do Grupo Global Media) e Diário Insular, a adesão à greve foi de 50%. Todos os correspondentes nas ilhas sem delegação dos canais públicos de rádio e televisão aderiram à greve.

Alguns órgãos de comunicação social não tradicionais também aderiram ao protesto, paralisando a 100%: Coimbra Coolectiva, Comunidade Cultura e Arte, Divergente, Fumaça, Lisboa para Pessoas, 7Margens, Setenta e Quatro e Shifter. Também houve rádios e jornais universitários a juntarem-se ao protesto, registando-se a adesão total do jornal A Cabra, da Rádio Universidade de Coimbra (RUC) e da Rádio Universitária do Minho (RUM), um sinal claro de que a luta de hoje é também a luta pelo futuro da classe.

34 jornalistas freelancers, um dos segmentos da classe mais vulneráveis, comunicaram ao Sindicato a sua adesão à greve.

A adesão em massa dos jornalistas à greve geral aconteceu num ambiente em que as hierarquias procederam a vários esquemas (ilegais e/ou antiéticos) para reduzir o impacto do protesto. Além de chefias terem perguntado aos jornalistas se iriam aderir à greve, o que é ilegal, o SJ tem conhecimento de ter existido aliciamento com horas extraordinárias ou dias de folga extra aos jornalistas que prolongassem as horas de trabalho para tapar os “buracos” deixados pelos grevistas. Também houve recurso a estagiários e a trabalhadores a recibos verdes substituindo jornalistas do quadro em greve, assim como reforço de turnos, entre outros.

O SJ considera que a classe se reviu no caderno reivindicativo da greve geral. As reivindicações dos jornalistas são claras e o Sindicato espera que as direções e administrações tenham finalmente compreendido o descontentamento que grassa entre a classe, passando das palavras aos atos. Por muito que amem a profissão e mantenham vivo o espírito de missão que os trouxe desde logo à profissão, os jornalistas demonstraram não estar mais dispostos a tolerar as desumanas condições laborais em que tantos desempenham as suas funções.

Aqui relembramos o caderno reivindicativo, porque nunca é demais fazê-lo.

Os jornalistas exigem:

– Aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos freelancers;

– A garantia de um salário digno à entrada na profissão e de progressão regular na carreira;

– O pagamento de complementos por penosidade, trabalho por turnos e isenção de horário;

– A remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno e em fins de semana e feriados;

– O fim da precariedade generalizada e fraudulenta no sector, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo;

– O cumprimento escrupuloso das leis do Código de Trabalho, incluindo a garantia do equipamento técnico necessário, em particular para a captação de imagem e som;

– O cumprimento escrupuloso do Contrato Coletivo de Trabalho da imprensa e a generalização da contratação coletiva para o setor audiovisual e da rádio;

– A justa remuneração de quem cumpre o estágio obrigatório para o acesso à profissão;

– Condições humanas e materiais para a produção noticiosa, cumprindo princípios éticos e deontológicos;

– A intervenção do Estado na garantia da sustentabilidade financeira do jornalismo;

– A revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo, garantindo a sua atualização e capacidade para salvaguardar a qualidade da informação.

Solidariedade e união

Recorde-se que o V Congresso dos Jornalistas, realizado em janeiro, mandatou por unanimidade o Sindicato dos Jornalistas para convocar e mobilizar a classe para uma greve geral, depois de uma primeira paralisação de uma hora já ter acontecido em solidariedade com os jornalistas e trabalhadores do Global Media Group que estiveram em greve a 10 de janeiro.

Aliás, a greve desta semana aconteceu dias depois de a administração da GMG ter anunciado um novo despedimento coletivo de 24 profissionais, entre os quais oito jornalistas, no Diário de Notícias. O próprio processo de organização e mobilização da greve teve como alicerce a união entre a classe dos jornalistas, ao ser organizada por dirigentes do Sindicato e elementos não dirigentes. O caminho trilhado entre o V Congresso e o dia da greve demonstrou o sucesso e a necessidade de uma frente ampla na luta pelos direitos dos jornalistas.

Além disso, o SJ convocou esta greve em concertação com outros sindicatos do sector, demonstrando-se mais uma vez pela prática que a unidade sindical é essencial para a defesa dos direitos dos trabalhadores. O Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações, Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais e o Sindicato dos Meios Audiovisuais também emitiram pré-avisos de greve abrangendo todos os profissionais com carteira profissional de jornalista. As centrais sindicais CGTP-IN e UGT também expressam o seu apoio e solidariedade à luta dos jornalistas por condições de trabalho dignas e de defesa do jornalismo, pilar essencial da democracia.

O Sindicato dos Jornalistas reforça o seu compromisso com a defesa dos direitos de todos os jornalistas, entre os quais o inalienável direito à greve, a continuar a lutar por condições de trabalho dignas e a defender democracia. Porque não se escreve liberdade sem jornalismo.

Caderno reivindicativo da Greve Geral de Jornalistas

A insegurança no emprego, a par com os salários baixos praticados no setor, é um grave obstáculo ao desenvolvimento pleno da profissão de jornalista. É um entrave ao próprio direito dos cidadãos de serem informados livremente.

Um jornalista que não consegue pagar as contas ou ter um mínimo de estabilidade no emprego é um jornalista condicionado no exercício do seu trabalho. O fluxo constante de notícias nas televisões, nos jornais, na rádio e na internet é há anos sustentado por práticas laborais que atropelam os direitos dos jornalistas.

Nós, jornalistas, exigimos:

– Aumentos salariais em 2024 superiores à inflação acumulada desde 2022 e a melhoria substancial da remuneração dos freelancers;

– A garantia de um salário digno à entrada na profissão e de progressão regular na carreira;

– O pagamento de complementos por penosidade, trabalho por turnos e isenção de horário;

– A remuneração por horas extraordinárias, trabalho noturno, e em fins de semana e feriados;

– O fim da precariedade generalizada e fraudulenta no sector, pelo recurso abusivo a recibos verdes e contratos a termo;

– O cumprimento escrupuloso das leis do Código de Trabalho, incluindo a garantia do equipamento técnico necessário, em particular para a captação de imagem e som;

– O cumprimento escrupuloso do Contrato Coletivo de Trabalho da imprensa e a generalização da contratação coletiva para o setor audiovisual e da rádio;

– A justa remuneração de quem cumpre o estágio obrigatório para o acesso à profissão;

– Condições humanas e materiais para a produção noticiosa, cumprindo princípios éticos e deontológicos;

– A intervenção do Estado na garantia da sustentabilidade financeira do jornalismo;

– A revisão das estruturas regulatórias da comunicação social e do jornalismo, garantindo a sua atualização e capacidade para salvaguardar a qualidade da informação.

Jornalismo, sempre!

Liberdade não se escreve sem jornalismo

Defende-o, junta-te à greve!

Global Media demite ‘nova’ direção e avança com despedimento coletivo no Diário de Notícias

Vai mesmo avançar mais um despedimento coletivo no Diário de Notícias (DN), confirmou o grupo Global Media num comunicado interno divulgado esta terça-feira, onde se anuncia também o afastamento da direção nomeada no mês passado, e que era liderada por José Júdice.

O grupo informou ter iniciado “o processo de reestruturação de equipas internas”, na sequência do qual se viu forçado “a um despedimento coletivo fundamentado na complicadíssima situação financeira que resultou da gestão dos últimos meses, cujo impacto foi público”.

A gestão do grupo foi assegurada até meados de fevereiro por José Paulo Fafe, que tinha apresentado a demissão no final de janeiro no meio de uma guerra acionista que opôs o fundo de investimento World Opportunity Fund aos acionistas minoritários do grupo de comunicação social.

“Estando conscientes de que este processo tem grande impacto nas operações do Diário de Notícias, tudo faremos para minorar as suas consequências. A verdade é que a situação atual era insustentável tanto do ponto de vista financeiro como do ponto de vista da equidade com os profissionais que há muito tempo mantêm viva a chama editorial do Diário de Notícias. Por isso se impunha esta decisão, que visa também lançar um projeto renovado para o Diário de Notícias que será desenvolvido em articulação profunda com a atual redação”, acrescenta a Global Media.

A escolha para substituir temporariamente José Júdice recaiu sobre Bruno Contreiras Mateus, atual diretor do Dinheiro Vivo. “Depois de um período de transição de três meses, o jornalista, que é também professor universitário em Ciências da Comunicação, no IADE, irá sair do Global Media Group (GMG), a partir de julho, para se dedicar a projetos pessoais, à docência e à investigação académica”, adianta o comunicado da Global Media.

Na semana passada José Júdice tinha referido ao conselho de redação do jornal que não tinha tido qualquer contacto com a administração da Global Media que tomou posse a 19 de fevereiro e que receava que houvesse despedimentos, que a administração vem agora confirmar.

Carta aberta dos Jornalistas Sem Papel

Somos jornalistas sem papel. Sentimo-nos pouco representados e o que ganhamos não dá para pagar as contas. A precariedade rouba-nos o presente e o futuro. Jornalistas sem papel somos todos nós, um grupo informal de jornalistas que se insurge contra os baixos salários, a precariedade, os longos turnos, os burnouts e a pressão para o imediatismo. Está na hora de quebrar o silêncio.

Estamos no limite. Não aguentamos os baixos salários, a precariedade, as longas horas de trabalho, a pressão para o imediatismo, os constantes burnouts. O jornalismo em Portugal tem-se baseado numa política laboral indigna para manter o fluxo de notícias. Não temos perspetivas pessoais e profissionais. Ficámos calados durante demasiado tempo, mas chegou o momento de rompermos o silêncio.

A grande maioria de nós ganha miseravelmente. Cerca de um terço recebe entre 701 e 1000 euros líquidos, segundo o Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Jornalistas em Portugal, de 2023. A progressão salarial é uma miragem. Mas há mais: 15% dizem ser alvo de assédio moral; quase metade tem níveis elevados de esgotamento, com 38% a declararem ter problemas mentais decorrentes da profissão; e 48% sentem-se inseguros com a sua situação laboral. A precariedade é uma violência social e limita a nossa liberdade pessoal e profissional.

A conclusão é clara: o jornalismo é uma profissão marcada por sobrecarga laboral, conflitos éticos, degradação da qualidade do trabalho, dificuldade de conciliação entre a vida profissional e a familiar, salários baixos e precariedade. Dizem-nos que não há dinheiro, a palavra “crise” é usada como justificação constante e a situação piora de ano para ano. Ao mesmo tempo, exigem-nos um esforço cada vez maior: mais notícias produzidas em menos tempo e mais horas de trabalho sem remuneração digna.

Uma redação precária perde a capacidade de definir o seu critério editorial. Sem contratar mais profissionais, sai-se cada vez menos em reportagem, aprofunda-se e investiga-se pouco. A constante exigência de hiper produtividade desvirtua o jornalismo, tira o tempo para verificar factos, procurar novas fontes, desenvolver pensamento crítico. Produzimos pior jornalismo, mais repetitivo, pouco explicativo, imediatista, monotemático, sensacionalista. Produzimos um jornalismo que representa cada vez menos as diferentes realidades da sociedade. E todo o país perde com isso.

Não há democracia que sobreviva sustentada por precariedade, seja no jornalismo ou noutro setor. Não há democracia sem escrutínio dos poderes económicos e políticos, sem informação verificada, rigorosa e diversificada que ajude a tomar decisões informadas. O jornalismo responsável desempenha um papel fundamental no combate à informação falsa. No ano em que celebramos os 50 anos da democracia, o jornalismo depara-se com novas ameaças. Há merecidas críticas à sua perda de qualidade, mas, para que sejam realmente justas, é preciso olhar-se para dentro de todas as redações deste país, para as condições de trabalho dos jornalistas e para tudo o que suportam para continuarem a cumprir o sentido de missão que os trouxe à profissão. 

As novas gerações de jornalistas são obrigadas a sujeitar-se à precariedade e aos baixos salários para acederem à profissão e à carteira profissional. Sabendo que, para isso, precisam de vínculo laboral, há empresas que pagam só o salário mínimo nacional, só o subsídio de refeição ou, no extremo, nada. Com as redações desfalcadas, afastados numerosos jornalistas experientes com décadas de memória e de ofício, quem está a estagiar acaba por não receber a formação necessária. Há empresas que veem nos estágios a oportunidade de recrutar mão de obra barata e permanentemente disponível.

Mesmo os contratos do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) normalizaram a precariedade, ao funcionarem numa lógica de cadeira quente: depois de nove meses, quem estagia abandona a redação sem ter muitas vezes a carteira profissional, surgindo depois outra pessoa para ocupar o lugar deixado vago. Quem tem a sorte de ficar começa a receber bem menos do que 1000 euros brutos em muitas redações. E assim continua por muitos anos – basta olhar para o lado para ver jornalistas com 10, 15, 20 anos de carreira que pouco mais ganham e que há anos não recebem aumentos dignos. Há poucas perspetivas de progredir na carreira. A contratação sem respeito pelo Contrato Coletivo de Trabalho resulta na desproteção de trabalhadores e na desigualdade salarial vivida em muitas redações. É uma estratégia de dividir para reinar.

Vivemos num país com cada vez maiores desertos noticiosos: mais de metade dos nossos concelhos não tem ou está na iminência de não ter qualquer órgão de comunicação social. Além da escassez de informação local — um risco enorme para a nossa vida democrática —, tornou-se insustentável para a maioria de nós viver em Lisboa e no Porto, onde está a maior parte das grandes redações. Uma das consequências é a cada vez menor pluralidade de origens, percursos e conhecimentos entre os jornalistas. Os baixos salários, já de si incomportáveis, tornaram-se mais do que insuficientes para suster os crescentes custos de habitação, alimentação, transportes, saúde. Uma das poucas opções é aceitar cargos de chefia, que significam um aumento salarial que muitas vezes não compensa as novas responsabilidades. Ou que nem sequer correspondem a uma maior retribuição monetária, retomando o ciclo de instabilidade que vai corroendo direitos. 

Não esqueçamos jornalistas em freelancing, que representam um terço dos profissionais com carteira em Portugal e são tão esquecidos nos debates e lutas sindicais da classe. Avençados (forma encapotada de as empresas não darem um contrato) ou a trabalhar à peça, os freelancers são os mais precários do jornalismo. Têm de escrever artigos à dúzia por semana para pagarem as contas no fim do mês. Por um artigo de investigação que demora meses, há jornais a pagarem 225 euros brutos, dos quais cerca de 40% são para impostos. Na área da Cultura, onde o regime freelancing impera, são 50 euros brutos por um texto de 2000 caracteres, que dá trabalho a pesquisar, a pensar e a escrever. A qualidade sai prejudicada e todos nós perdemos.

Confrontados com a escolha entre viver com dignidade ou sobreviver para trabalhar, muitos de nós acabam por desistir logo nos primeiros anos de profissão. Em 2018, quase metade dos jornalistas estava extremamente insatisfeita com as condições de trabalho e mais de 60% já tinham ponderado abandonar o jornalismo, de acordo com um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Entre 2017 e 2023, a profissão perdeu 600 profissionais jovens e veteranos. Os baixos salários, a degradação da profissão, a precariedade contratual e o stress foram as principais razões apontadas. Há jornalistas com 20 ou 30 anos de experiência a receber entre 1200 a 1500 euros de salário líquido.

Nós, jornalistas sem papel, queremos conquistar a nossa autonomia e construir uma vida digna, mas esses objetivos não estão ao nosso alcance. É tempo de parar e exigir condições para fazermos o jornalismo de qualidade, profundo e plural que consideramos necessário numa sociedade democrática. Juntamo-nos ao apelo da greve geral de jornalistas. Parem connosco no dia 14 de março. Porque há um momento em que não dá mais. Esse momento chegou. Façamo-nos ouvir.

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Os signatários

  1. Afonso Tavares, TSF, TP 1338
  2. Alexandra Barata, CP 2465
  3. Alexandra Inácio, Jornal de Notícias, CP 3247
  4. Alexandre Abrantes Neves, Rádio Renascença, TP 1347
  5. Alexandre R. Malhado, Sábado, CP 7018
  6. Aline Flor, Público, CP 7102
  7. Álvaro Isidoro, freelancer, CP 3373
  8. Ana Adriano Mota, Setenta e Quatro, TP 1345
  9. Ana António, TSF, CP 5801
  10. Ana Bacelar Begonha, Público, CP 8593
  11. Anabela Fino, freelancer, CP 160
  12. Ana Ferraz Pereira, freelancer, CP 1941
  13. Ana Francisca Gomes, Porto Canal, TP 1269
  14. Ana Isabel Pinto, SIC Notícias, CP 6354
  15. Ana Mafalda Inácio, Diário de Notícias, CP 622
  16. Ana Marques Maia, Público, CP 6945
  17. Ana Monteiro Fernandes, freelancer, CP 8508
  18. Ana Mota, CP 7116
  19. Ana Patrícia Silva, Setenta e Quatro, CP 8466
  20. Ana Paula Braga, Rádio Asas do Atlântico, CP 4032
  21. Ana Rita Ribeiro, CP 6041
  22. André Borges Vieira, Público, CP 8043
  23. André Cruz, CP 8418
  24. André Maia, Observador, CP 7931
  25. André Manuel Correia, Expresso, CP 6928
  26. António Botelho, TSF, CP 7572
  27. António Cerca Martins, Diário as Beiras, CP 8446
  28. António Marujo, 7Margens, CP 736
  29. António Rodrigues, Público, CP 2014
  30. António Soares, Jornal de Notícias, CP 453
  31. Arthur Melo, Açoriano Oriental, CP 2401
  32. Beatriz Ferreira, Observador, CP 7350
  33. Beatriz Lopes, Rádio Renascença, CP 7451
  34. Bernardo Afonso, Fumaça, CP 7698
  35. Bruno Amaral de Carvalho, A Voz do Operário, CP 7073
  36. Bruno Fidalgo Sousa, O Portomosense, TP 1248
  37. Bruno Roseiro, Observador, CP 7159
  38. Bruno Sousa Ribeiro, TSF, CP 5449
  39. Camilo Soldado, Público CP 6801
  40. Carina Fonseca, Evasões, CP 5615
  41. Carla Andrade, RTP, CP 8191
  42. Carla Brito Ribeiro, Público, CP 7598
  43. Carla Fino, Rádio Renascença, CP 3610
  44. Carla Tomás, Expresso, CP 946
  45. Carlos Cipriano, Público, CP 888
  46. Carolina Amado, Público, CP 8243
  47. Carolina Jesus, TPE 554
  48. Catarina Fonseca, Activa, CP 3184
  49. Carolina Moreira, Açoriano Oriental, CP 6174
  50. Catarina Santos, Rádio Renascença, CP 5660
  51. Cátia Andrea Costa, Observador, CP 7417
  52. Cátia Bruno, Observador, CP 6178
  53. Christiana Martins, Expresso, CP 2047
  54. Cíntia Sakellarides, Activa, CP 2545
  55. Cláudia Aguiar Rodrigues, Antena 1, CP 5506
  56. Cláudia Almeida, CP 1380
  57. Claudia Carvalho Silva, Público, CP 7089
  58. Cláudia Marques Santos, freelancer, CP 3270
  59. Cláudia Monarca Almeida, Expresso, CP 7756 
  60. Cledivânia Pereira Alves, Divergente, JE 221
  61. Cristiana Faria Moreira, Público, CP 7039 
  62. Cristiano Costa, RTP, CP 8163
  63. Cristina Nascimento, Rádio Renascença, CP 4033
  64. Daniela Carmo, Público CP 8222
  65. Daniela Costa Teixeira, CNN Portugal, CP 6284
  66. Daniela Tomé, SIC Notícias, CP 8121
  67. David Silva Borges, CP 5302
  68. Diana Bouça-Nova, CP 6630
  69. Diogo Camilo, CP 7858
  70. Diogo Cardoso, Divergente, CP 6935
  71. Diogo Mendo Fernandes, Negócios, CP 8490
  72. Dora Mota, CP 3546
  73. Edgar Pires, freelancer, CP 4660
  74. Emília Monteiro, freelancer, CP 1595
  75. Elisabete Cruz, CP 3022
  76. Erica Fialho, TPE 507
  77. Fábio Lopes, Porto Canal, CP 8579
  78. Fernanda Câncio, Diário de Notícias, CP 631
  79. Filipa Almeida Mendes, Público, CP 7685
  80. Filipa Traqueia, SIC Notícias, CP 7329
  81. Flávia Brito, Gerador, CP 7945
  82. Francisco David Ferreira, TVI/CNN Portugal, CP 6185
  83. Francisco Martins, TP 1280
  84. Franque Silva, Agência Lusa, CP 5755
  85. Graça Andrade Ramos, RTP, CP 1819
  86. Gisela Henriques, Activa, CP 2168
  87. Gonçalo Costa Martins, CP 8556
  88. Guilhermina Sousa, TSF, CP 1593
  89. Hélder Gomes, Expresso, CP 7344
  90. Helena Bento, Expresso, CP 6797
  91. Hélio Carvalho, CP 8048
  92. Henrique Ferreira, Porto Canal, CP 8443
  93. Igor Martins, CO 432A
  94. Inês Ameixa, Antena 1, CP 7465
  95. Inês André Figueiredo, Observador, CP 6733
  96. Inês Banha, Jornal de Notícias, CP 6057
  97. Inês Baptista, Observador, CP 7815
  98. Inês Capucho, Observador, CP 8401
  99. Inês Chaíça, Público, CP 7462
  100. Inês Cortez, Observador, TPE 560
  101. Inês Linhares Dias, Antena 1 Açores, CP 7904
  102. Inês Rocha, Público, CP 6419
  103. Inês Subtil, CP 6680
  104. Irina Melo, CP 5920
  105. Isabel Lindim, freelancer, CP 7486
  106. Joana Ascensão, Expresso, CP 7622
  107. Joana Azevedo Viana, CNN Portugal, CP 5702
  108. Joana Gonçalves, Público, CP 7440
  109. Joana Gorjão Henriques, Público, CP 3349
  110. Joana Moreira, Observador, CP 7189
  111. Joana Raposo Santos, RTP, CP 7497
  112. Joana Teresa Batista, Fumaça, TPE 495
  113. João Alexandre, Antena 1, CP 5881
  114. João Biscaia, Setenta e Quatro, TPE 479
  115. João Cabral, freelancer, CP1230
  116. João Caldeira Rodrigues, TSF, CP 6324 
  117. João Couraceiro, Antena 1, CP 8472
  118. João Diogo Correia, Expresso, CP 6169
  119. João Gaspar, Agência Lusa, CP 6824
  120. João Guilherme Oliveira, NOVO, CP 6293
  121. João Moura Lacerda, Agência Lusa, CP 7301
  122. João Nogueira, Porto Canal, CP 8591
  123. João Pedro Pincha, CP 6504
  124. João Ruela Ribeiro, Público, CP 6463
  125. João Torgal, Antena 3, CP 6602
  126. Jorge Sá Eusébio, Agência Lusa, CP 7256
  127. José Carlos Duarte, Observador, CP 8439
  128. José Cedovim Pinto, Expresso, CP 7667
  129. José Volta e Pinto, Público, CP 7986
  130. Karla Pequenino, Público, CP 7064
  131. Leonor Ferreira, TSF, CP 1608
  132. Liliana Carona, Rádio Renascença, CP 5861
  133. Luciana Leiderfarb, Expresso, CP 4326
  134. Luciana Maruta, Divergente, CP 7914
  135. Luís Peixoto, Antena 1, CP 7455
  136. Luís Varela de Almeida, TVI/CNN Portugal, CP 7477
  137. Luísa Correia, CP 7419
  138. Magda Cruz, Observador, CP 8176
  139. Manuela Goucha Soares, Expresso, CP 529
  140. Mara Gonçalves, Público, CP 6267
  141. Margarida David Cardoso, Fumaça, CP 6999
  142. Margarida Fonseca, JN, CP 406
  143. Maria Abrantes, Porto Canal, CP 6611
  144. Maria Almeida, Fumaça, CP 8280
  145. Maria Anabela Silva, Jornal de Leiria e Jornal de Notícias, CP 2961
  146. Maria Augusta Casaca, CP 562 
  147. Maria João Guardão, freelancer, CP 700
  148. Maria Monteiro, CP 7376
  149. Maria Moreira Rato, SOL e i, CP 8030
  150. Mariana Duarte, Público, CP 6706
  151. Mariana Durães, Público, CP 7679
  152. Mariana Ribeiro, freelancer, CP 8310
  153. Maria Simiris, CP 7720
  154. Marina Guerra, RL e JN, CP 5352
  155. Marta Amaral, freelancer, CP 8465
  156. Marta Leite Ferreira, Público, CP 6917
  157. Marta Silva, RTP, CP 2353
  158. Micael Pereira, Expresso, CP 2085
  159. Miguel Ângelo Marques, CP 4262
  160. Miguel Carvalho, freelancer, CP 1248
  161. Miguel Jorge Fernandes, TSF, CP 7270
  162. Miguel Laia, Rádio TSF, CP 8281
  163. Miguel Videira, CP 4058
  164. Nadine Soares, Observador, CP 8611
  165. Natacha Loureiro, TVI/ CNN Portugal, CP 4858
  166. Nelson Morais, Jornal de Notícias, CP 3011
  167. Nicolau Ferreira, Público, CP 5937
  168. Nuno Domingues, TSF, CP 131
  169. Nuno Machado Mendes, TVI, CP 5005
  170. Nuno Martins Neves, Açoriano Oriental, CP 6088
  171. Nuno Quá, TVI, CP 3301 
  172. Nuno Viegas, Fumaça, CP 7684
  173. Paula Sofia Luz, freelancer, CP 1717
  174. Paulo Jorge Magalhães, freelancer, CP 4421
  175. Paulo Martins, Jornalismo & Jornalistas, CP 449
  176. Paulo Pena, Investigate Europe, CP 2673
  177. Pedro Alexandre Bastos Tadeu, freelancer, CP 2111
  178. Pedro Barata, Expresso, CP 8530
  179. Pedro Benjamim, Porto Canal, CP 8639
  180. Pedro Caldeira Rodrigues, Agência Lusa, CP 910
  181. Pedro Miguel Santos, freelancer, CP 5518
  182. Pedro Rocha, CP 6080
  183. Pedro Vilela, Impala, CP 4052
  184. Rafaela Burd Relvas, Público, CP 6389
  185. Ricardo Cabral Fernandes, Setenta e Quatro, CP 7628
  186. Ricardo Esteves Ribeiro, Fumaça, CP 7712
  187. Ricardo Gouveia, CP 1894
  188. Ricardo Jorge Castro, CP 7597
  189. Rita Carvalho Pereira, CP 7028
  190. Rita Murtinho, freelancer, CP 8568
  191. Rita Neves Costa, Jornal de Notícias, CP 7575
  192. Rita Pereira Carvalho, Observador, CP 7653
  193. Rúben de Matos, TSF, CP 8457
  194. Ruben Martins, Público, CP 6965
  195. Rúben Pereira, Expresso, CP 7924 
  196. Rui Alvim, CP 7366
  197. Rui André Soares, Comunidade Cultura e Arte, TE 762
  198. Rui Casanova, Observador, CP 8212
  199. Rui Miguel Pedrosa, CP 7583
  200. Rui Oliveira Costa, TSF, CP 8086
  201. Rui Oliveira Marques, freelancer, CP 3635
  202. Rui Tukayana, TSF, CP 4725
  203. Rute Fonseca, TSF, CP 3744
  204. Salomé Esteves, Renascença, CP 8627
  205. Salomé Fernandes, Expresso, CP 8234
  206. Samuel Alemão, Público, CP 2586
  207. Samuel Valente Santos, Maisfutebol, CP 8612
  208. Sandra Alves, Jornal de Notícia, CP 3173
  209. Sandra Rodrigues, CP 8435
  210. Sandra Silva Costa, Público, CP 3177
  211. Sara de Melo Rocha, CNN Portugal, CP 5730
  212. Sara Oliveira, CP 4796
  213. Simão Freitas, Agência Lusa, CP 7057
  214. Sofia Craveiro, Gerador, CP 8063
  215. Sofia Cristino, Jornal de Notícias, CP 7495
  216. Sofia da Palma Rodrigues, Divergente, CP 7090
  217. Sofia Marvão, TVI/CNN Portugal, CP 7662
  218. Sofia Neves, Público, CP 7719
  219. Sofia Santana, TVI/CNN Portugal, CP 6684
  220. Soraia Maia, RTP, CP 8487
  221. Stefani Costa, JE 235
  222. Susana Torrão, freelancer, CP 1919
  223. Teresa Borges, Observador, CP 7959
  224. Teresa Serafim, Público, CP 7198
  225. Tiago Caeiro, Observador, CP 7716
  226. Tiago Carrasco, freelancer, CP 5291
  227. Tiago Gama Alexandre, TP 1381
  228. Tiago Neto, Sábado, TP 1364
  229. Tiago Oliveira, Expresso, TP 6278
  230. Tiago Santos, TSF, CP 6386 
  231. Tiago Serra Cunha, Expresso, CP 8469
  232. Tiago Soares, Expresso, CP 7820
  233. Valentina Marcelino, Diário de Notícias, CP 533
  234. Vanessa Cruz, Observador, CP 5912
  235. Vera Moutinho, freelancer, CP 5365
  236. Vítor Maia, CP 7480
  237. Vitor Mota, Correio da Manhã, CP 4890
  238. Wilson Ledo, TVI/CNN Portugal, CP 6189

Abreviaturas
CO – Cartão de Colaborador
CP – Carteira Profissional de Jornalista
JE – Cartão de Correspondente Estrangeiro
TE – Cartão de Equiparado a Jornalista
TP/TPE – Título Provisório de Estagiário

Sessão informativa sobre a Greve Geral de Jornalistas

Na quinta-feira, 7 de março, entre as 18h e as 20h, o Sindicato de Jornalistas promove uma Sessão Zoom para free-lancers e imprensa local sobre a Greve Geral marcada para o dia 14 de março.

O acesso faz-se através deste link: https://us06web.zoom.us/j/3786231067?pwd=MUhHMnF0VWFRMWg2bzRzeDM4T3pOUT09&omn=81444329663

Carlos Pereira Santos (1961-2024)

Carlos Pereira Santos morreu esta segunda-feira, 4 de março, aos 62 anos. Era atualmente Chefe de Redação Adjunto d’O Jogo, onde trabalhou durante muitos anos, passando também por títulos como O Comércio do Porto, Norte Desportivo e A Bola, onde assumiu a chefia da redação no Porto.

A par da carreira de jornalista publicou também vários livros, como “A Candidata” e “Ao Pé Coxinho”.

O funeral realiza-se em Leça da Palmeira, sua terra natal, no dia 6 de março, às 15h00.

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