No ano em que se comemora o cinquentenário do 25 de Abril e se assinalam os 30 anos da atribuição do Prémio Gazeta na categoria de fotojornalismo a Carlos Gil (1937–2001), a exposição “Carlos Gil: um fotojornalista de guerra e paz” revela imagens inéditas do trabalho de um repórter comprometido com a autodeterminação dos povos e a paz que procurava para si e para os homens que descrevia.
Comissariada por Daniel Gil, seu filho, a exposição parte do arquivo de Carlos Gil, depositado na Fundação Mário Soares e Maria Barroso, que retrata um legado de 35 anos de fotojornalismo, assinalando-se a sua extensa cobertura geográfica e temporal (entre 1960 e 2000), assim como a visão humanista do fotógrafo sobre os temas retratados.
A inauguração da exposição, promovida pela Fundação Mário Soares e Maria Barroso em parceria com o Clube de Jornalistas e a Casa da Imprensa, tem lugar no próximo dia 8 de outubro, pelas 18 horas, na Casa da Imprensa, onde estará patente, das 10 às 18 horas, todos os dias, exceto fins de semana e feriados, até 31 de outubro.
Carlos Augusto Gil (Mortágua/19.05.1937 – 03.06.2001/Lisboa) foi, com Alfredo Cunha e Eduardo Gajeiro, um dos mais relevantes fotógrafos do 25 de Abril de 1974, tendo seguido o percurso dos militares entre o Terreiro do Paço e o Largo do Carmo no cimo de um veículo do exército e, desse dia ficou o seu livro “Carlos Gil, Um Fotógrafo na Revolução” (2004), com textos de Adelino Gomes.