Nuno Roby Amorim morreu este domingo, 26 de janeiro, no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, devido a um cancro detetado no verão passado. Tinha 62 anos.
Filho do também jornalista José Roby Amorim, foi um dos fundadores da TSF e trabalhou depois durante cerca de 30 anos na RTP, TVI e SIC. Era atualmente assessor do grupo parlamentar da Iniciativa Liberal.
Em 1988, logo no início da TSF, fez uma reportagem que seria marcante para a sua carreira, para a nova rádio e para o país – foi o primeiro jornalista a noticiar que o Chiado estava a arder. Vivia na Calçada de Santana e da sua janela tinha uma vista privilegiada sobre aquela zona de Lisboa. Durante largas horas, foi através do seu olhar e da sua voz que os portugueses acompanharam a tragédia. Muito graças a essa reportagem, a então recém-criada TSF recebeu coletivamente nesse ano o Prémio Gazeta, atribuído pelo Clube de Jornalistas.
Como refere o Público, “o seu sentido de humor, a intempestividade, o faro para a notícia e a velocidade com que expunha ideias e raciocínios” são características lembradas pelos jornalistas que com ele trabalharam ao longo de 30 anos. Nas redes sociais multiplicam-se homenagens e partilhas de histórias.
A Iniciativa Liberal emitiu uma nota de pesar lembrando Nuno Roby Amorim como “impaciente e intuitivo, com um sentido de humor refinado e uma vasta cultura”, além de “um grande amante da liberdade”.
Marcelo Rebelo de Sousa escreveu também uma nota, publicada no site da Presidência: “O Presidente da República lamenta a morte de Nuno Roby Amorim, antigo jornalista e um dos fundadores da TSF, com quem teve a oportunidade de trabalhar, e apresenta à sua família as mais sentidas condolências.”