Carta aberta dos Jornalistas Sem Papel

Baixos salários e precariedade impedem-nos de ter uma vida digna. É tempo de exigir condições justas para fazermos jornalismo de qualidade. Juntamo-nos ao apelo da greve de jornalistas. Parem connosco.

Somos jornalistas sem papel. Sentimo-nos pouco representados e o que ganhamos não dá para pagar as contas. A precariedade rouba-nos o presente e o futuro. Jornalistas sem papel somos todos nós, um grupo informal de jornalistas que se insurge contra os baixos salários, a precariedade, os longos turnos, os burnouts e a pressão para o imediatismo. Está na hora de quebrar o silêncio.

Estamos no limite. Não aguentamos os baixos salários, a precariedade, as longas horas de trabalho, a pressão para o imediatismo, os constantes burnouts. O jornalismo em Portugal tem-se baseado numa política laboral indigna para manter o fluxo de notícias. Não temos perspetivas pessoais e profissionais. Ficámos calados durante demasiado tempo, mas chegou o momento de rompermos o silêncio.

A grande maioria de nós ganha miseravelmente. Cerca de um terço recebe entre 701 e 1000 euros líquidos, segundo o Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Jornalistas em Portugal, de 2023. A progressão salarial é uma miragem. Mas há mais: 15% dizem ser alvo de assédio moral; quase metade tem níveis elevados de esgotamento, com 38% a declararem ter problemas mentais decorrentes da profissão; e 48% sentem-se inseguros com a sua situação laboral. A precariedade é uma violência social e limita a nossa liberdade pessoal e profissional.

A conclusão é clara: o jornalismo é uma profissão marcada por sobrecarga laboral, conflitos éticos, degradação da qualidade do trabalho, dificuldade de conciliação entre a vida profissional e a familiar, salários baixos e precariedade. Dizem-nos que não há dinheiro, a palavra “crise” é usada como justificação constante e a situação piora de ano para ano. Ao mesmo tempo, exigem-nos um esforço cada vez maior: mais notícias produzidas em menos tempo e mais horas de trabalho sem remuneração digna.

Uma redação precária perde a capacidade de definir o seu critério editorial. Sem contratar mais profissionais, sai-se cada vez menos em reportagem, aprofunda-se e investiga-se pouco. A constante exigência de hiper produtividade desvirtua o jornalismo, tira o tempo para verificar factos, procurar novas fontes, desenvolver pensamento crítico. Produzimos pior jornalismo, mais repetitivo, pouco explicativo, imediatista, monotemático, sensacionalista. Produzimos um jornalismo que representa cada vez menos as diferentes realidades da sociedade. E todo o país perde com isso.

Não há democracia que sobreviva sustentada por precariedade, seja no jornalismo ou noutro setor. Não há democracia sem escrutínio dos poderes económicos e políticos, sem informação verificada, rigorosa e diversificada que ajude a tomar decisões informadas. O jornalismo responsável desempenha um papel fundamental no combate à informação falsa. No ano em que celebramos os 50 anos da democracia, o jornalismo depara-se com novas ameaças. Há merecidas críticas à sua perda de qualidade, mas, para que sejam realmente justas, é preciso olhar-se para dentro de todas as redações deste país, para as condições de trabalho dos jornalistas e para tudo o que suportam para continuarem a cumprir o sentido de missão que os trouxe à profissão. 

As novas gerações de jornalistas são obrigadas a sujeitar-se à precariedade e aos baixos salários para acederem à profissão e à carteira profissional. Sabendo que, para isso, precisam de vínculo laboral, há empresas que pagam só o salário mínimo nacional, só o subsídio de refeição ou, no extremo, nada. Com as redações desfalcadas, afastados numerosos jornalistas experientes com décadas de memória e de ofício, quem está a estagiar acaba por não receber a formação necessária. Há empresas que veem nos estágios a oportunidade de recrutar mão de obra barata e permanentemente disponível.

Mesmo os contratos do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) normalizaram a precariedade, ao funcionarem numa lógica de cadeira quente: depois de nove meses, quem estagia abandona a redação sem ter muitas vezes a carteira profissional, surgindo depois outra pessoa para ocupar o lugar deixado vago. Quem tem a sorte de ficar começa a receber bem menos do que 1000 euros brutos em muitas redações. E assim continua por muitos anos – basta olhar para o lado para ver jornalistas com 10, 15, 20 anos de carreira que pouco mais ganham e que há anos não recebem aumentos dignos. Há poucas perspetivas de progredir na carreira. A contratação sem respeito pelo Contrato Coletivo de Trabalho resulta na desproteção de trabalhadores e na desigualdade salarial vivida em muitas redações. É uma estratégia de dividir para reinar.

Vivemos num país com cada vez maiores desertos noticiosos: mais de metade dos nossos concelhos não tem ou está na iminência de não ter qualquer órgão de comunicação social. Além da escassez de informação local — um risco enorme para a nossa vida democrática —, tornou-se insustentável para a maioria de nós viver em Lisboa e no Porto, onde está a maior parte das grandes redações. Uma das consequências é a cada vez menor pluralidade de origens, percursos e conhecimentos entre os jornalistas. Os baixos salários, já de si incomportáveis, tornaram-se mais do que insuficientes para suster os crescentes custos de habitação, alimentação, transportes, saúde. Uma das poucas opções é aceitar cargos de chefia, que significam um aumento salarial que muitas vezes não compensa as novas responsabilidades. Ou que nem sequer correspondem a uma maior retribuição monetária, retomando o ciclo de instabilidade que vai corroendo direitos. 

Não esqueçamos jornalistas em freelancing, que representam um terço dos profissionais com carteira em Portugal e são tão esquecidos nos debates e lutas sindicais da classe. Avençados (forma encapotada de as empresas não darem um contrato) ou a trabalhar à peça, os freelancers são os mais precários do jornalismo. Têm de escrever artigos à dúzia por semana para pagarem as contas no fim do mês. Por um artigo de investigação que demora meses, há jornais a pagarem 225 euros brutos, dos quais cerca de 40% são para impostos. Na área da Cultura, onde o regime freelancing impera, são 50 euros brutos por um texto de 2000 caracteres, que dá trabalho a pesquisar, a pensar e a escrever. A qualidade sai prejudicada e todos nós perdemos.

Confrontados com a escolha entre viver com dignidade ou sobreviver para trabalhar, muitos de nós acabam por desistir logo nos primeiros anos de profissão. Em 2018, quase metade dos jornalistas estava extremamente insatisfeita com as condições de trabalho e mais de 60% já tinham ponderado abandonar o jornalismo, de acordo com um estudo do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Entre 2017 e 2023, a profissão perdeu 600 profissionais jovens e veteranos. Os baixos salários, a degradação da profissão, a precariedade contratual e o stress foram as principais razões apontadas. Há jornalistas com 20 ou 30 anos de experiência a receber entre 1200 a 1500 euros de salário líquido.

Nós, jornalistas sem papel, queremos conquistar a nossa autonomia e construir uma vida digna, mas esses objetivos não estão ao nosso alcance. É tempo de parar e exigir condições para fazermos o jornalismo de qualidade, profundo e plural que consideramos necessário numa sociedade democrática. Juntamo-nos ao apelo da greve geral de jornalistas. Parem connosco no dia 14 de março. Porque há um momento em que não dá mais. Esse momento chegou. Façamo-nos ouvir.

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Os signatários

  1. Afonso Tavares, TSF, TP 1338
  2. Alexandra Barata, CP 2465
  3. Alexandra Inácio, Jornal de Notícias, CP 3247
  4. Alexandre Abrantes Neves, Rádio Renascença, TP 1347
  5. Alexandre R. Malhado, Sábado, CP 7018
  6. Aline Flor, Público, CP 7102
  7. Álvaro Isidoro, freelancer, CP 3373
  8. Ana Adriano Mota, Setenta e Quatro, TP 1345
  9. Ana António, TSF, CP 5801
  10. Ana Bacelar Begonha, Público, CP 8593
  11. Anabela Fino, freelancer, CP 160
  12. Ana Ferraz Pereira, freelancer, CP 1941
  13. Ana Francisca Gomes, Porto Canal, TP 1269
  14. Ana Isabel Pinto, SIC Notícias, CP 6354
  15. Ana Mafalda Inácio, Diário de Notícias, CP 622
  16. Ana Marques Maia, Público, CP 6945
  17. Ana Monteiro Fernandes, freelancer, CP 8508
  18. Ana Mota, CP 7116
  19. Ana Patrícia Silva, Setenta e Quatro, CP 8466
  20. Ana Paula Braga, Rádio Asas do Atlântico, CP 4032
  21. Ana Rita Ribeiro, CP 6041
  22. André Borges Vieira, Público, CP 8043
  23. André Cruz, CP 8418
  24. André Maia, Observador, CP 7931
  25. André Manuel Correia, Expresso, CP 6928
  26. António Botelho, TSF, CP 7572
  27. António Cerca Martins, Diário as Beiras, CP 8446
  28. António Marujo, 7Margens, CP 736
  29. António Rodrigues, Público, CP 2014
  30. António Soares, Jornal de Notícias, CP 453
  31. Arthur Melo, Açoriano Oriental, CP 2401
  32. Beatriz Ferreira, Observador, CP 7350
  33. Beatriz Lopes, Rádio Renascença, CP 7451
  34. Bernardo Afonso, Fumaça, CP 7698
  35. Bruno Amaral de Carvalho, A Voz do Operário, CP 7073
  36. Bruno Fidalgo Sousa, O Portomosense, TP 1248
  37. Bruno Roseiro, Observador, CP 7159
  38. Bruno Sousa Ribeiro, TSF, CP 5449
  39. Camilo Soldado, Público CP 6801
  40. Carina Fonseca, Evasões, CP 5615
  41. Carla Andrade, RTP, CP 8191
  42. Carla Brito Ribeiro, Público, CP 7598
  43. Carla Fino, Rádio Renascença, CP 3610
  44. Carla Tomás, Expresso, CP 946
  45. Carlos Cipriano, Público, CP 888
  46. Carolina Amado, Público, CP 8243
  47. Carolina Jesus, TPE 554
  48. Catarina Fonseca, Activa, CP 3184
  49. Carolina Moreira, Açoriano Oriental, CP 6174
  50. Catarina Santos, Rádio Renascença, CP 5660
  51. Cátia Andrea Costa, Observador, CP 7417
  52. Cátia Bruno, Observador, CP 6178
  53. Christiana Martins, Expresso, CP 2047
  54. Cíntia Sakellarides, Activa, CP 2545
  55. Cláudia Aguiar Rodrigues, Antena 1, CP 5506
  56. Cláudia Almeida, CP 1380
  57. Claudia Carvalho Silva, Público, CP 7089
  58. Cláudia Marques Santos, freelancer, CP 3270
  59. Cláudia Monarca Almeida, Expresso, CP 7756 
  60. Cledivânia Pereira Alves, Divergente, JE 221
  61. Cristiana Faria Moreira, Público, CP 7039 
  62. Cristiano Costa, RTP, CP 8163
  63. Cristina Nascimento, Rádio Renascença, CP 4033
  64. Daniela Carmo, Público CP 8222
  65. Daniela Costa Teixeira, CNN Portugal, CP 6284
  66. Daniela Tomé, SIC Notícias, CP 8121
  67. David Silva Borges, CP 5302
  68. Diana Bouça-Nova, CP 6630
  69. Diogo Camilo, CP 7858
  70. Diogo Cardoso, Divergente, CP 6935
  71. Diogo Mendo Fernandes, Negócios, CP 8490
  72. Dora Mota, CP 3546
  73. Edgar Pires, freelancer, CP 4660
  74. Emília Monteiro, freelancer, CP 1595
  75. Elisabete Cruz, CP 3022
  76. Erica Fialho, TPE 507
  77. Fábio Lopes, Porto Canal, CP 8579
  78. Fernanda Câncio, Diário de Notícias, CP 631
  79. Filipa Almeida Mendes, Público, CP 7685
  80. Filipa Traqueia, SIC Notícias, CP 7329
  81. Flávia Brito, Gerador, CP 7945
  82. Francisco David Ferreira, TVI/CNN Portugal, CP 6185
  83. Francisco Martins, TP 1280
  84. Franque Silva, Agência Lusa, CP 5755
  85. Graça Andrade Ramos, RTP, CP 1819
  86. Gisela Henriques, Activa, CP 2168
  87. Gonçalo Costa Martins, CP 8556
  88. Guilhermina Sousa, TSF, CP 1593
  89. Hélder Gomes, Expresso, CP 7344
  90. Helena Bento, Expresso, CP 6797
  91. Hélio Carvalho, CP 8048
  92. Henrique Ferreira, Porto Canal, CP 8443
  93. Igor Martins, CO 432A
  94. Inês Ameixa, Antena 1, CP 7465
  95. Inês André Figueiredo, Observador, CP 6733
  96. Inês Banha, Jornal de Notícias, CP 6057
  97. Inês Baptista, Observador, CP 7815
  98. Inês Capucho, Observador, CP 8401
  99. Inês Chaíça, Público, CP 7462
  100. Inês Cortez, Observador, TPE 560
  101. Inês Linhares Dias, Antena 1 Açores, CP 7904
  102. Inês Rocha, Público, CP 6419
  103. Inês Subtil, CP 6680
  104. Irina Melo, CP 5920
  105. Isabel Lindim, freelancer, CP 7486
  106. Joana Ascensão, Expresso, CP 7622
  107. Joana Azevedo Viana, CNN Portugal, CP 5702
  108. Joana Gonçalves, Público, CP 7440
  109. Joana Gorjão Henriques, Público, CP 3349
  110. Joana Moreira, Observador, CP 7189
  111. Joana Raposo Santos, RTP, CP 7497
  112. Joana Teresa Batista, Fumaça, TPE 495
  113. João Alexandre, Antena 1, CP 5881
  114. João Biscaia, Setenta e Quatro, TPE 479
  115. João Cabral, freelancer, CP1230
  116. João Caldeira Rodrigues, TSF, CP 6324 
  117. João Couraceiro, Antena 1, CP 8472
  118. João Diogo Correia, Expresso, CP 6169
  119. João Gaspar, Agência Lusa, CP 6824
  120. João Guilherme Oliveira, NOVO, CP 6293
  121. João Moura Lacerda, Agência Lusa, CP 7301
  122. João Nogueira, Porto Canal, CP 8591
  123. João Pedro Pincha, CP 6504
  124. João Ruela Ribeiro, Público, CP 6463
  125. João Torgal, Antena 3, CP 6602
  126. Jorge Sá Eusébio, Agência Lusa, CP 7256
  127. José Carlos Duarte, Observador, CP 8439
  128. José Cedovim Pinto, Expresso, CP 7667
  129. José Volta e Pinto, Público, CP 7986
  130. Karla Pequenino, Público, CP 7064
  131. Leonor Ferreira, TSF, CP 1608
  132. Liliana Carona, Rádio Renascença, CP 5861
  133. Luciana Leiderfarb, Expresso, CP 4326
  134. Luciana Maruta, Divergente, CP 7914
  135. Luís Peixoto, Antena 1, CP 7455
  136. Luís Varela de Almeida, TVI/CNN Portugal, CP 7477
  137. Luísa Correia, CP 7419
  138. Magda Cruz, Observador, CP 8176
  139. Manuela Goucha Soares, Expresso, CP 529
  140. Mara Gonçalves, Público, CP 6267
  141. Margarida David Cardoso, Fumaça, CP 6999
  142. Margarida Fonseca, JN, CP 406
  143. Maria Abrantes, Porto Canal, CP 6611
  144. Maria Almeida, Fumaça, CP 8280
  145. Maria Anabela Silva, Jornal de Leiria e Jornal de Notícias, CP 2961
  146. Maria Augusta Casaca, CP 562 
  147. Maria João Guardão, freelancer, CP 700
  148. Maria Monteiro, CP 7376
  149. Maria Moreira Rato, SOL e i, CP 8030
  150. Mariana Duarte, Público, CP 6706
  151. Mariana Durães, Público, CP 7679
  152. Mariana Ribeiro, freelancer, CP 8310
  153. Maria Simiris, CP 7720
  154. Marina Guerra, RL e JN, CP 5352
  155. Marta Amaral, freelancer, CP 8465
  156. Marta Leite Ferreira, Público, CP 6917
  157. Marta Silva, RTP, CP 2353
  158. Micael Pereira, Expresso, CP 2085
  159. Miguel Ângelo Marques, CP 4262
  160. Miguel Carvalho, freelancer, CP 1248
  161. Miguel Jorge Fernandes, TSF, CP 7270
  162. Miguel Laia, Rádio TSF, CP 8281
  163. Miguel Videira, CP 4058
  164. Nadine Soares, Observador, CP 8611
  165. Natacha Loureiro, TVI/ CNN Portugal, CP 4858
  166. Nelson Morais, Jornal de Notícias, CP 3011
  167. Nicolau Ferreira, Público, CP 5937
  168. Nuno Domingues, TSF, CP 131
  169. Nuno Machado Mendes, TVI, CP 5005
  170. Nuno Martins Neves, Açoriano Oriental, CP 6088
  171. Nuno Quá, TVI, CP 3301 
  172. Nuno Viegas, Fumaça, CP 7684
  173. Paula Sofia Luz, freelancer, CP 1717
  174. Paulo Jorge Magalhães, freelancer, CP 4421
  175. Paulo Martins, Jornalismo & Jornalistas, CP 449
  176. Paulo Pena, Investigate Europe, CP 2673
  177. Pedro Alexandre Bastos Tadeu, freelancer, CP 2111
  178. Pedro Barata, Expresso, CP 8530
  179. Pedro Benjamim, Porto Canal, CP 8639
  180. Pedro Caldeira Rodrigues, Agência Lusa, CP 910
  181. Pedro Miguel Santos, freelancer, CP 5518
  182. Pedro Rocha, CP 6080
  183. Pedro Vilela, Impala, CP 4052
  184. Rafaela Burd Relvas, Público, CP 6389
  185. Ricardo Cabral Fernandes, Setenta e Quatro, CP 7628
  186. Ricardo Esteves Ribeiro, Fumaça, CP 7712
  187. Ricardo Gouveia, CP 1894
  188. Ricardo Jorge Castro, CP 7597
  189. Rita Carvalho Pereira, CP 7028
  190. Rita Murtinho, freelancer, CP 8568
  191. Rita Neves Costa, Jornal de Notícias, CP 7575
  192. Rita Pereira Carvalho, Observador, CP 7653
  193. Rúben de Matos, TSF, CP 8457
  194. Ruben Martins, Público, CP 6965
  195. Rúben Pereira, Expresso, CP 7924 
  196. Rui Alvim, CP 7366
  197. Rui André Soares, Comunidade Cultura e Arte, TE 762
  198. Rui Casanova, Observador, CP 8212
  199. Rui Miguel Pedrosa, CP 7583
  200. Rui Oliveira Costa, TSF, CP 8086
  201. Rui Oliveira Marques, freelancer, CP 3635
  202. Rui Tukayana, TSF, CP 4725
  203. Rute Fonseca, TSF, CP 3744
  204. Salomé Esteves, Renascença, CP 8627
  205. Salomé Fernandes, Expresso, CP 8234
  206. Samuel Alemão, Público, CP 2586
  207. Samuel Valente Santos, Maisfutebol, CP 8612
  208. Sandra Alves, Jornal de Notícia, CP 3173
  209. Sandra Rodrigues, CP 8435
  210. Sandra Silva Costa, Público, CP 3177
  211. Sara de Melo Rocha, CNN Portugal, CP 5730
  212. Sara Oliveira, CP 4796
  213. Simão Freitas, Agência Lusa, CP 7057
  214. Sofia Craveiro, Gerador, CP 8063
  215. Sofia Cristino, Jornal de Notícias, CP 7495
  216. Sofia da Palma Rodrigues, Divergente, CP 7090
  217. Sofia Marvão, TVI/CNN Portugal, CP 7662
  218. Sofia Neves, Público, CP 7719
  219. Sofia Santana, TVI/CNN Portugal, CP 6684
  220. Soraia Maia, RTP, CP 8487
  221. Stefani Costa, JE 235
  222. Susana Torrão, freelancer, CP 1919
  223. Teresa Borges, Observador, CP 7959
  224. Teresa Serafim, Público, CP 7198
  225. Tiago Caeiro, Observador, CP 7716
  226. Tiago Carrasco, freelancer, CP 5291
  227. Tiago Gama Alexandre, TP 1381
  228. Tiago Neto, Sábado, TP 1364
  229. Tiago Oliveira, Expresso, TP 6278
  230. Tiago Santos, TSF, CP 6386 
  231. Tiago Serra Cunha, Expresso, CP 8469
  232. Tiago Soares, Expresso, CP 7820
  233. Valentina Marcelino, Diário de Notícias, CP 533
  234. Vanessa Cruz, Observador, CP 5912
  235. Vera Moutinho, freelancer, CP 5365
  236. Vítor Maia, CP 7480
  237. Vitor Mota, Correio da Manhã, CP 4890
  238. Wilson Ledo, TVI/CNN Portugal, CP 6189

Abreviaturas
CO – Cartão de Colaborador
CP – Carteira Profissional de Jornalista
JE – Cartão de Correspondente Estrangeiro
TE – Cartão de Equiparado a Jornalista
TP/TPE – Título Provisório de Estagiário